Após 17 dias internado em São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro voltou a Brasília em meio a uma nova crise no governo, desta vez, envolvendo um de seus principais aliados na campanha eleitoral e seu filho Carlos Bolsonaro. O presidente não teve compromissos oficiais, mas deve voltar ao trabalho nesta quinta-feira.
O que está acontecendo: Carlos acusou o ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) de mentir sobre conversa com o presidente e divulgou uma mensagem de voz em que Bolsonaro se recusa a falar com o ministro. Eles são desafetos. Bebianno está pressionado por suspeitas de irregularidades nas contas eleitorais do PSL, partido que presidiu até o fim da eleição.
Reação: o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil) defendeu Bebianno. A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), que já teve atritos com Eduardo Bolsonaro, criticou Carlos.
No mesmo dia, o ministro da Justiça, Sergio Moro, endureceu as regras para visitas nas prisões federais. (Veja as mudanças). O governo também autorizou que a Força Nacional reforce a segurança da unidade de Brasília e as Forças Armadas atuem em Mossoró (RN) e Porto Velho, onde alguns presos serão custodiados.
Por que isso é importante: as ações tomadas em paralelo à transferência dos presos mostram que o cerco às facções foi patrocinado pelo governo Bolsonaro.
Memória: Bibi passou os últimos dias descansando perto da família. Ela rejeitava a aposentadoria e preparava um disco em que canta músicas de Frank Sinatra, previsto para março. Roberta Pennafort lembra declarações bem-humoradas da artista.
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Viu isso?
Revisão geral: a primeira medida provisória editada por Bolsonaro recebeu 541 emendas — até um dos filhos do presidente propôs mudanças. O Congresso vai analisar a possibilidade de recriar quatro ministérios.
CPI de anistiados: foi protocolado no Senado pedido de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar reparações aos anistiados políticos. O texto cita repasses aos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff.
Em defesa da Vale: responsável pela agenda de privatizações do governo, o secretário especial Salim Mattar defendeu a mineradora e comparou o rompimento da barragem de Brumadinho à queda de um avião. Também disse que o governo vai “reprivatizar” a empresa.
Mais Médicos completo: 1.397 profissionais brasileiros, com diploma estrangeiro, preencheram os últimos postos de trabalho do programa federal, vagos desde a saída de mais de 8 mil cubanos, no fim do ano.
Medida preventiva: a Justiça do Rio determinou vistoria e evacuação de uma área sob risco de deslizamento na Rocinha. Ao menos 20 árvores caíram com o temporal que atingiu a cidade.
Crítica na escola: um professor de História provocou polêmica com alunos ao escrever no quadro "Bolsonaro está com pneumonia" como frase motivacional. Ele pediu demissão do colégio no Rio. Veja a imagem.
A mensagem do Vaticano: o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu ajuda ao Papa Francisco, mas recebeu, de volta, uma dura resposta. A carta foi divulgada pela imprensa italiana.
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