Um ano e meio após a sentença do então juiz Sergio Moro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a ser condenado em processo da Lava-Jato. A decisão proferida pela juíza Gabriela Hardt estabelece 12 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Leia os argumentos da magistrada.
Entenda: Lula foi considerado culpado por aceitar reformas no sítio de Atibaia (SP) feitas por Odebrecht e OAS com dinheiro de propina decorrentes de contratos da Petrobras.
O processo também rendeu ao empresário Emílio Odebrecht sua primeira condenação na investigação. Por ter acordo de delação premiada, ele foi condenado a três anos e três meses de reclusão em regime semiaberto.
O que pode acontecer: o ex-presidente está preso desde abril do ano passado pelo caso do tríplex do Guarujá e deve recorrer da nova sentença. Lula ainda tem chance de ser transferido para o regime semiaberto ou prisão domiciliar pelo Supremo Tribunal Federal. Entenda por quê.
Reação:políticos do PT e da oposição comentaram, nas redes sociais, a nova condenação. O ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral) disse que Lula enganou a nação. O deputado Eduardo Bolsonaro defendeu a extinção do PT. O ministro Sergio Moro (Justiça) foi breve: “sem comentários”.
O que se sabe: a Polícia Federal encontrou trocas de mensagens entre engenheiros da empresa alemã e profissionais da Vale.
Buscas: a Defesa Civil de Minas Gerais elevou para 150 o número de mortes em Brumadinho. Há, ainda, 182 pessoas, na lista de desaparecidos. O Corpo de Bombeiros do estado garantiu que não há previsão para o fim das buscas.
Histórias da lama: bombeiros do Rio que atuaram nas buscas a sobreviventes relataram como enfrentaram o cenário de caos e destruição. Eles tiveram jornadas de até 20h acordados. Leia os depoimentos de quatro militares.
Reabertura: fechado desde o desastre, o Instituto Inhotim, referência internacional de arte contemporânea, retomará atividades no sábado. A visitação será gratuita.
Novo promotor do caso Queiroz:Luis Otávio Figueira Lopes vai assumir a investigação sobre o ex-assessor de Flávio Bolsonaro no Ministério Público do Rio. Ele participou do inquérito sobre a morte de Marielle Franco, mas deixou de atuar no caso depois de cinco meses.
Poder para a Abin: diretores da Agência Brasileira de Inteligência foram autorizados pelo ministro Augusto Heleno a classificar informações como secretas e ultrassecretas. É uma consequência do decreto que, na prática, restringe a aplicação da Lei de Acesso à Informação.
‘Drogômetros’: o governo federal que adotar, em blitzes de trânsito, aparelhos que detectam uso de entorpecentes. Quatro equipamentos estrangeiros estão sendo estudados para fiscalizar motoristas.
Pânico na Avenida Brasil:um tiroteio deixou quatro pessoas baleadas e fechou os dois sentidos da pista na Zona Norte do Rio no início da tarde. Ao menos dois veículos foram atingidos por tiros.
Trump no Congresso: o presidente dos EUA defendeu políticas suprapartidárias, mas criticou opositores ao falar de imigração e do muro. A atenção, no entanto, se desviou para deputadas que protestaram vestindo branco e um convidado que dormiu ao lado de Melania Trump.
Aquecimento global: 2018 foi o quarto ano mais quente da História, segundo informaram duas agências dos Estados Unidos. Há risco de que 2019 supere a marca anterior. O recorde, por enquanto, é de 2016.
Oscar não terá apresentador: a Academia de Hollywood optou por uma cerimônia sem anfitrião para entregar o prêmio mais cobiçado do cinema, no dia 24. A última vez em que isso ocorreu foi um desastre.
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