O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse ter informações de “múltiplas fontes de inteligência” de que o avião ucraniano que caiu em Teerã pode ter sido derrubado de forma acidental pelo Irã. Funcionários do governo dos Estados Unidos afirmaram, de forma anônima, acreditar na hipótese de a aeronave ter sido abatida pelo sistema antiaéreo iraniano.
O que diz o Irã: o órgão de aviação civil do país disse ser impossível que o avião tenha sido abatido e que dezenas de aeronaves sobrevoavam o território no mesmo momento. O avião, segundo versão do órgão, teria dado meia-volta para retornar ao aeroporto.
O que acontece agora: uma equipe da Ucrânia chegou a Teerã para participar da investigação em curso. O governo do Irã já afirmou que não entregará as caixas-pretas da aeronave à empresa Boeing, que é americana, mas pode solicitar ajuda estrangeira.
Autoridades iranianas voltaram a fazer ameaças aos Estados Unidos, mesmo após o presidente Donald Trump indicar que não retaliará o ataque a posições americanas no Iraque. O comandante da Guarda Revolucionária, Abdollah Araghi, disse que Teerã vai “impor vingança mais dura em um futuro próximo”.
Em paralelo: os EUA enviaram carta ao Conselho de Segurança da ONU com justificativas pelo assassinato do líder iraniano Qassem Soleimani, alegando autodefesa.
O que está acontecendo: Washington e Teerã disputam um jogo de expectativas, afirma Filipe Barini. No tabuleiro, estão os termos do acordo nuclear, a relação do governo do Irã com milícias regionais e a eleição presidencial nos EUA.
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