O ESSENCIAL: Justiça do Rio censura especial de Natal do Porta dos Fundos

E mais: EUA e Irã, Carlos Ghosn, aquecimento global, carnaval do Rio
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RIO, 8 de Janeiro de 2020
O DIA EM RESUMO
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A Justiça do Rio determinou que a Netflix retire do ar o Especial de Natal Porta dos Fundos: A Primeira Tentação de Cristo”, sátira que mostra Jesus como homossexual. A decisão é do desembargador Benedicto Abicair, da 6ª Câmara Cível, a pedido da associação cristã Centro Dom Bosco.

Em detalhes: na liminar, o magistrado afirma que “recorre à cautela” “para acalmar os ânimos”, em benefício “não só para a comunidade cristã, mas para a sociedade brasileira, majoritariamente cristã”.

Em paralelo: a Interpol emitiu alerta vermelho para a prisão de Eduardo Fauzi, acusado de atacar a produtora Porta dos Fundos após a veiculação do especial.
 
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou tom de vitória em pronunciamento ao deixar claro que não pretende retaliar o Irã pelo ataque a bases militares no Iraque. Trump disse que os iranianos estão recuando e que o governo dos EUA deseja “abraçar a paz”. No entanto, prometeu estabelecer novas sanções e chamou o general Qassem Soleimani, morto em ação americana, de “o maior terrorista do mundo”.

Horas antes, o aiatolá Ali Khameni declarou que o ataque foi um “tapa na cara” dos EUA. A ofensiva não deixou vítimas fatais — a ação teria sido planejada para evitar mortes de americanos.

Análise: Trump conseguiu impor as regras do jogo e sai fortalecido da crise, afirma Guga Chacra.

Dia após o ataque: temendo uma guerra, iranianos correram para comprar dólares e euros em Teerã. No Iraque, clima era de apreensão.

Enquanto isso: o presidente Jair Bolsonaro fez transmissão ao vivo para mostrar a seguidores que assistia ao pronunciamento de Trump.
 
Em sua primeira aparição pública desde que fugiu do Japão, o executivo Carlos Ghosn disse que escapou para o Líbano porque sofria perseguição política, foi pressionado a confessar em depoimentos e era vítima de uma “campanha de difamação” . Na entrevista coletiva em Beirute, ele relacionou sua prisão à suposta trama de executivos da Nissan e voltou a se declarar inocente de acusações de crimes financeiros.

Repercussão: a ministra da Justiça do Japão, Masako Mori, chamou as acusações contra o sistema de justiça do país de “intoleráveis”.

Em paralelo: horas antes da entrevista, a Interpol emitiu “aviso vermelho” para a captura de Ghosn.

Análise: o executivo se apresentou como vítima e se vingou de antigos empregadores e investigadores japoneses. Diante da imprensa global, tentou fazer um julgamento de si próprio.

Outro ângulo: André Mello ilustrou o que já se sabe sobre a fuga de Ghosn... em versão mangá.
Viu isso?
Sem sobreviventes: avião de companhia aérea ucraniana, fabricado pela Boeing, caiu em Teerã após a decolagem, com 176 pessoas a bordo. A Ucrânia disse que é cedo para tirar conclusões sobre a queda.
Aquecimento do planeta: 2019 foi o segundo ano mais quente da História, atrás de 2016, segundo cientistas da União Europeia.
Era do fogo: o número de focos de queimadas na Amazônia cresceu 30% em 2019, encerrando o ano com 89.178 incêndios.
Folia liberada: o Baile da Favorita recebeu autorização da Polícia Militar para realizar show em Copacabana na abertura do carnaval do Rio.
Longe da nobreza: o príncipe Harry e sua mulher, Meghan Markle, anunciaram transição para o Canadá, mudança em papel na família real e desejo de ser “financeiramente independente”.
Dinheiro nas redes: o bilionário japonês Yusaku Maezawa anunciou doação de cerca de R$ 38 milhões para mil seguidores do Twitter.
Número de desfiles já aprovados no Rio chega a 543, 9% maior que em 2018. Município espera 1,9 milhão de turistas. Confira o calendário dos megablocos
 
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