O Ministério Público Federal denunciou o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, o hacker Walter Delgatti Neto e mais cinco pessoas por crimes na invasão de celulares de autoridades, como o ministro Sergio Moro (Justiça). O jornalista foi acusado de associação criminosa, apesar de uma decisão liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, proibir investigação contra ele no caso.
Entenda: o procurador Wellington Divino Marques de Oliveira alegou que não descumpriu a liminar de Gilmar e incluiu Glenn no rol de denunciados como “partícipe” na invasão a partir de diálogos encontrados durante o inquérito. Com base no mesmo diálogo, a Polícia Federal chegou à conclusão contrária: Glenn se negou a dar conselhos ao hacker e buscou se esquivar de fatos criminosos. Leia a transcrição da conversa.
Repercussão: o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, disse considerar a denúncia “ruim para a sociedade”. Outro integrante da Corte afirmou, em caráter reservado, que o jornalista deve responder pelos atos se a informação foi obtida de forma criminosa.
Em paralelo:em discurso no fórum, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, teceu críticas a quem denuncia a crise climática, chamado por ele de “catastrofista”. Hora antes, a ativista sueca Greta Thunberg havia cobrado autoridades públicas por atitudes contra o aquecimento global.
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