O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, suspendeu por seis meses a aplicação da medida que cria o juiz de garantias, que entraria em vigor no próximo dia 23. A decisão foi tomada após reunião com o ministro Sergio Moro (Justiça), crítico da nova figura jurídica. A norma criada pelo Congresso e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro é contestada no STF por associações de magistrados e três partidos.
Entenda a decisão: o prazo de seis meses não é irrestrito. Toffoli adiou por tempo indeterminado a aplicação da norma em processos de competência do STF e outros tribunais — entre os casos, estão investigações contra autoridades com foro privilegiado. Processos do tribunal do júri e casos envolvendo a Lei Maria da Penha também não tiveram prazo fixado para o fim da suspensão.
Pontos importantes: o presidente do STF considerou constitucional a criação do juiz de garantias. E decidiu que processos que já estiverem em curso quando a norma entrar em vigor não se adequarão à nova regra.
O que foi dito: em nota divulgada pela Secom, Wajngarten negou irregularidade e criticou o jornal. Ele recebeu apoio do ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) em mensagem em rede social.
Efeitos colaterais: a Comissão de Ética da Presidência decidiu analisar o caso em sessão agendada para o dia 28. O Ministério Público que atua junto ao Tribunal de Contas da União vai apresentar pedido para que a distribuição de verbas de publicidade obedeça a critérios técnicos.
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