Jair Bolsonaro completa nesta quinta-feira o primeiro mês na Presidência. O período foi marcado por recuos em temas importantes, a construção da imagem internacional do governo na viagem a Davos, a crise provocada pelo rompimento de barragem da Vale e a cirurgia que afastou o presidente do Palácio do Planalto.
Bastidores: parte das Forças Armadas quer entrar em um segundo momento da reforma. Teme que as mudanças para os civis travem no Congresso e só as regras para os militares sejam endurecidas.
Minas Gerais tem outras 49 barragens de rejeitos de mineração como as que romperam em Brumadinho e Mariana. Os reservatórios estão espalhados por 16 cidades — e próximas a 677 mil pessoas. O governo do estado quer fiscalizar todas as estruturas.
Planos de Witzel frustrados: os governadores anseiam por ajuda do STF para reduzir salários de servidores. Mas, mesmo que a Corte mude seu entendimento, a medida não poderá ser adotada no Rio.
Dólar em queda: a moeda americana fechou o dia a R$ 3,65, patamar de outubro de 2018. A nova cotação favorece quem tem compras em câmbio estrangeiro no cartão de crédito. Veja como antecipar a fatura.
Planeta bola: nenhum outro país teve tanto jogador no mercado de transferências quando o Brasil no ano passado — foram 1.753 compras e vendas de brasileiros, que somaram cerca de R$ 4 bilhões. Veja o ranking.
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A proposta deve ser encaminhada ao Congresso até o final de fevereiro.
Por que isso importa: a inclusão das Forças Armadas é tema sensível para a administração Bolsonaro, uma vez que a cúpula militar, incluindo os generais que pertencem ao primeiro escalão do governo, já se manifestou contra a mudança nas regras para o setor.
Efeito local: o estado pode sofrer queda na arrecadação de impostos (em torno de R$ 220 milhões) e nos royalties de mineração (cerca de R$ 79 milhões). Cinco municípios mineiros também temem a perda dos royalties — no ano passado, o grupo recebeu R$ 345 milhões.
Efeito global: o desempenho da indústria extrativa e a competitividade da Vale serão impactados. A empresa deve deixar de exportar US$ 2 bilhões por ano. O preço do minério de ferro deve subir e pode afetar mercados internacionais, já que a mineradora é a maior produtora global do material — analistas avaliam que o posto está ameaçado. O valor da commodity subiu 3,92% na quarta-feira.
O Congresso Nacional inicia na sexta-feira uma nova legislatura com diferenças expressivas nas disputas pelo comando da Casas. Na Câmara, o presidente Rodrigo Maia aglutinou apoio de 16 partidos à sua reeleição; no Senado, o cenário é de incerteza e há indefinição sobre as regras.
Câmara: Maia já negocia postos-chave na Mesa Diretora com aliados do centrão e do presidente Jair Bolsonaro — boa parte das cadeiras está com lugar marcado.
Senado: ao menos dez parlamentares se lançaram na disputa. Renan Calheiros (MDB-AL) costura apoios, mas há um movimento contra sua candidatura que tenta afunilar a opção em um só nome. Três questões terão peso crucial para a votação.
Bastidores: dois senadores do MDB estão na disputa. Além de Renan, Simone Tebet (MS) quer o apoio da bancada do partido, que ainda não se decidiu. A sigla comanda o Senado desde 2001 — a exceção foi um intervalo de dois meses em 2007.
O 1º de fevereiro deveria ser um dia feliz para Flávio Bolsonaro. Mas o ministro Marco Aurélio Mello deve melar a festa da posse. Ele indica que vai cassar a liminar que blindou o senador eleito
Reequilíbrio das contas: em busca de ajuda para reduzir salários de servidores, os governos estaduais aguardam o Supremo Tribunal Federal julgar ação sobre a Lei de Responsabilidade Fiscal em fevereiro.
Documentário, que estreia nesta quinta-feira, aborda o sincretismo religioso a partir do desfile campeão da Mangueira no carnaval em homenagem a cantora