O ESSENCIAL: Rompimento de barragens da Vale deixa 200 desaparecidos em Minas Gerais

E mais: ameaças a Jean Wyllys, mercenários na Venezuela, declaração de Bolsonaro, e ameaça no Spotify
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RIO, 25 de janeiro de 2019
O DIA EM RESUMO
Olá,

Nesta newsletter, contamos em detalhes o rompimento de barragens de rejeitos de mineração em Minas Gerais e suas consequências. Também revelamos o conteúdo das ameaças ao deputado Jean Wyllys, que renunciou e deixou o país. Mostramos, ainda, o duelo político na Venezuela, uma declaração antiga de Jair Bolsonaro sobre miliciano foragido e o resultado da Copa São Paulo de futebol júnior.
Barragem que rompeu em Brumadinhos tinha baixo risco de acidente e alto potencial de risco Foto: Divulgação
Pouco mais de três anos após a maior tragédia ambiental do país, em Mariana, o rompimento de três barragens de rejeitos de mineração em Minas Gerais cobriu de lama partes do município de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e deixou feridos. Durante a tarde, o Corpo de Bombeiros informou que buscava 200 pessoas desaparecidas . A Vale, empresa responsável pela estrutura, afirmou que muitos funcionários estavam no local no momento.

Consequências: a lama já atingiu o Rio Paraopeba, que corta a cidade de Betim. A prefeitura local e a do município Pará de Minas emitiram alertas para moradores deixarem casas nas margens do rio. O Instituto Inhotim, que fica perto da barragem, foi esvaziado e fechado.  

Em dois dias, a lama deve atingir a barragem de uma hidrelétrica que está a 220 quilômetros do local. Segundo a Agência Nacional de Águas, o encontro deve amortecer a onda de rejeitos.

O que sabemos: a Barragem 1 de Mina Feijão era considerada de baixo risco de acidentes e alto potencial de danos. No entanto, ambientalistas dizem que alertavam para possibilidade de rompimento desde 2011.

Repercussão: o presidente Jair Bolsonaro criou um gabinete de crise e disse que o episódio em Mariana deveria ter servido de alerta para o país. Ele deve visitar o local no sábado. O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o Palácio do Planalto atuou com agilidade: “Essa conta não pode vir para nosso governo” . As ações da Vale caíram na Bolsa de Valores de Nova York.

O que foi dito: “Como vou dizer que a gente aprendeu (com Mariana) se acaba de acontecer um acidente desses?”, afirmou o presidente da Vale, Fábio Schvartsman. Leia a entrevista.

Análise: o novo rompimento prova que o país não aprendeu com Mariana e ocorre no momento em que o governo planeja afrouxar o sistema de licenciamento, avalia a repórter Ana Lúcia Azevedo.

Galeria: veja fotos da área atingida e imagens de antes e depois do rompimento. Assista ao vídeo da onda de lama.
O gabinete do deputado Jean Wyllys na Câmara. Foto: Daniel Marenco
Motivo que levou o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) a renunciar ao novo mandato na Câmara e deixar o país, as ameaças contra sua vida incluem mensagens recebidas nas redes sociais, no telefone do gabinete e até em seu e-mail pessoal. O GLOBO teve acesso ao conteúdo de dezenas de intimidações, que também foram direcionadas a familiares.

O que foi dito: “Vou te matar com explosivos”, “já pensou em ver seus familiares estuprados e sem cabeça?”, “vou quebrar seu pescoço” são algumas das frases enviadas ao parlamentar.

Repercussão: o vice-presidente Hamilton Mourão disse que quem ameaça parlamentares está cometendo crime contra a democracia.

Revista Época: a direção da Empresa Brasileira de Comunicação ordenou que seus canais não noticiassem as ameaças a Jean Wyllys.
O líder da oposição, Juan Guaidó, discursa na Venezuela. Foto: Frederico Parra/AFP
Em duelo de estratégia, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e o autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, fizeram novos movimentos por apoio político. Nesta sexta-feira, Maduro tentou passar imagem de democrata reafirmando possibilidade de encontrar Guaidó. O opositor descartou o diálogo e, em ato público, avançou na tentativa de quebrar a sustentação do governo, pedindo a saída de cubanos das Forças Armadas.

Foco: no centro da disputa política está a Força Armada Nacional Bolivariana, que tem uma estrutura complexa. Mas apenas poucos militares podem representar ameaça a Maduro, conta Janaína Figueiredo.

Bastidores: a agência de notícias Reuters informa que mercenários ligados ao governo da Rússia viajaram à Venezuela nos últimos dias para reforçar a segurança de Maduro.
Viu isso?
‘Brilhante oficial’: em discurso no dia 27 de outubro de 2005, o então deputado Jair Bolsonaro defendeu na Câmara o ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, que é acusado, agora, pelo Ministério Público, de chefiar a milícia “Escritório do Crime”. O pronunciamento ocorreu quatro dias após o militar ser condenado a 19 anos de prisão por homicídio.
Tucano na prisão: o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB) foi preso em Curitiba durante a manhã. Ele é suspeito de ter recebido R$ 2,7 milhões em propina e tentar influenciar testemunhas.
Texto em gestação: a equipe econômica conversa com governadores para incluir os estados já na primeira proposta de reforma da Previdência. A ideia dribla o ônus político de aprovar regras nas assembleias estaduais.
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