O ESSENCIAL: Anistia pode atingir até 8 milhões de armas irregulares
E mais: morte de mulheres, canetada no Meio Ambiente, visita de Macri e entrevista de Samuel L. Jackson
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RIO, 16 de janeiro de 2019
O ESSENCIAL DA MANHÃ
Olá, bom dia.
Começamos o dia contando o próximo passo do governo para ampliar acesso às armas. Também relatamos a decisão do ministro do Meio Ambiente de suspender convênios e o encontro entre Jair Bolsonaro e o presidente da Argentina, Maurício Macri.
Depois de facilitar a posse de armas de fogo, o governo federal pretende legalizar até 8 milhões de armas irregulares. A anistia deverá ser concedida até o fim do mês, por meio de medida provisória, segundo o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
Já Sergio Moro disse que não há projeto em estudo no Ministério da Justiça para flexibilizar, além da posse, também o porte de arma.
O que sabemos: a anistia valerá tanto para proprietários que deixaram de renovar o registro quanto para equipamentos que nunca foram licenciados.
Efeitos colaterais: no dia em que o presidente Jair Bolsonaro assinou o decreto sobre posse de armas, as ações da Taurus, empresa brasileira fabricante de armamentos, caíram mais de 20%.
Uma opinião: o colunista Bernardo Mello Franco argumenta que há truques e mentiras por trás do decreto: “Ao esvaziar o Estatuto do Desarmamento por decreto, Bolsonaro aplicou um drible no Congresso, a quem competia mudar a lei”.
As armas de fogo foram usadas na morte de 2.339 mulheres em 2016, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde. O número representa metade dos casos de homicídios contra o sexo feminino naquele ano. De todos os assassinatos, 560 ocorreram dentro de casa.
O que isso significa: para especialistas consultados pelo GLOBO, a quantidade de mortes no interior das residências indica que o decreto que facilita a posse de armamentos pode ser um fator de risco para mulheres.
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Viu isso?
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