O ESSENCIAL: Bolsonaro intervém para conter crise após disputa pela presidência da Apex
E mais: Flávio Bolsonaro, posse de Maduro, Moro contra facções e o divórcio bilionário do dono da Amazon
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RIO, 10 de janeiro de 2019
O DIA EM RESUMO
Olá, boa tarde.
Nesta newsletter, contamos os bastidores da mais recente crise do governo Bolsonaro, envolvendo a Apex e o Itamaraty. Também relatamos a ausência de Flávio Bolsonaro em depoimento sobre o ex-assessor e a posse de Nicolás Maduro, não reconhecido pela OEA.
O episódio de demissão do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações (Apex) gerou uma crise no governo Jair Bolsonaro. O chanceler Ernesto Araújo anunciou no Twitter, na noite de quarta-feira, que Alecxandro Carreiro havia pedido para ser demitido. Na manhã desta quinta, porém, Carreiro foi trabalhar normalmente, e a agência enviou nota ao colunista Lauro Jardim dizendo que ele não pediu exoneração e questionava o poder do chanceler.
No fim da tarde, Bolsonaro interveio e assinou a exoneração de Carreiro. O susbtituto será o embaixador Mário Vilalva, que já esteve com o presidente.
Bastidores: demissões na agência e a indicação de uma executiva próxima de Ernesto Araújo para a diretoria da Apex teriam provocado o racha interno. Alex Carreiro esteve no Palácio do Planalto pela manhã para falar com o presidente, mas não foi recebido.
O que se sabe: a nomeação de Alex Carreiro gerou polêmica desde o início. Ele seria apadrinhado pelo deputado Eduardo Bolsonaro, o que o irmão Carlos nega. Além disso, Carreiro não é fluente em inglês, como exige o estatuto da agência.
Para ficar atento: a crise ocorre às vésperas do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. A Apex promove empresas brasileiras no evento.
Pressionado por 13 países latino-americanos e caribenhos, entre eles o Brasil, Nicolás Maduro tomou posse para o segundo mandato como presidente da Venezuela, de seis anos. No mesmo momento, a Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou resolução que não reconhece a legitimidade de seu governo.
Em detalhes: Apenas quatro presidentes — de Bolívia, Nicarágua, El Salvador e Cuba — compareceram à cerimônia. Rússia, China, Turquia, México e Uruguai enviaram representantes. A deputada federal eleita, Gleisi Hoffmann, representou o PT.
O que está acontecendo: Maduro enfrenta isolamento na Presidência. A eleição que deu a ele o novo mandato é considerada fraudulenta por países do Grupo de Lima. A Assembleia Nacional venezuelana também não reconhece o novo governo. Sua sustentação política está nas Forças Armadas. Ele prometeu respostas “duras” aos EUA e aliados.
Linha do tempo: o primeiro mandato de Maduro ficou marcado pela repressão a opositores, colapso econômico, êxodo em massa e uma suposta tentativa de assassinato. Relembre os principais momentos.
Viu isso?
Caso Queiroz: depois de Fabrício Queiroz e seus familiares, foi a vez do senador eleito Flávio Bolsonaro não comparecer ao Ministério Público para esclarecer a movimentação financeira atípica de seu ex-assessor. Flávio se justificou nas redes sociais.
A imagem do presidente: o Palácio do Planalto divulgou a foto oficial de Jair Bolsonaro que será pendurada nos órgãos federais. No mesmo dia, o jornal “New York Times” dedicou editorial ao novo governo e disse que o país terá “ano fatídico”. Leia.
Moro aposta em inteligência: o ministro da Justiça criou grupo para combater a atuação de facções em presídios. A medida foi tomada em meio à onda de criminalidade no Ceará. Autoridades descobriram os ataques são resultados de uma trégua no crime organizado.
Sem espaço para questionamento: o vídeo da ministra Damares Alves sobre a Teoria da Evolução repercutiu na Esplanada. O ministro da Ciência, Marcos Pontes, rebateu a colega. Entenda como surgiu a teoria.
Sumiço em Portugal: a brasileira Rosiney Trindade de Oliveira, de 31 anos, desapareceu há dois meses na região de Coimbra. Empresária que busca informações suspeita de envolvimento com rede de prostituição.
Do shopping à prisão: policiais do Rio prenderam um homem acusado de ter sido chefe de segurança do traficante Rogério 157. Ele foi detido quando passeava no Shopping Fashion Mall, de alto luxo.
Caso encerrado: autoridades concluíram que o ex-secretário de Transparência, que era testemunha do caso Odebrecht e foi achado morto, se suicidou com cianeto. Procuradores listaram evidências.
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