O ESSENCIAL: Bolsonaro estreia em Davos com prioridade a conservadores na agenda

E mais: Flávio Bolsonaro, prisões no caso Marielle, feminicídios, Wilson Witzel e tubarão em Copacabana
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RIO,  22 de janeiro de 2019
O ESSENCIAL DA MANHÃ
Olá, bom dia.

Começamos o dia com a prisão de envolvidos no assassinato de Marielle Franco. Também adiantamos o discurso e as reuniões de Jair Bolsonaro no Fórum Econômico Mundial
e as divergências da versão apresentada por seu filho Flávio sobre depósitos. Relatamos , ainda, o número de feminicídios no ano e o caso do tubarão que apareceu em Copacabana.

Boa leitura!
O presidente Bolsonaro desce do avião em Davos. Foto: Alan Santos/PR
O presidente Jair Bolsonaro estreia no exterior com discurso na abertura do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, nesta terça-feira. Programada para durar entre 10 e 20 minutos, sua fala foi preparada com o auxílio de diversos ministros e será dedicada a passar a imagem de que “o Brasil mudou”.

Bastidores: Bolsonaro terá reunião privada com o fundador do Fórum, Klaus Schwab, e participará de encontro com executivos, incluindo representantes de Google e Facebook. Estão previstas, ainda, conversas com primeiros-ministros de Itália, Hungria e República Tcheca, além do presidente da Polônia. Todos são conservadores.

O que significa: Bolsonaro foi a Davos com o objetivo de mostrar mudanças na agenda externa brasileira. Sua presença é esperada por investidores estrangeiros, que têm dúvidas em três pontos: como o novo governo pretende reduzir o protecionismo, encorajar investimentos e acelerar as privatizações.

O que foi dito: o vice-presidente Hamilton Mourão disse que Bolsonaro mostrará no discurso que não é “Átila, o Huno” — uma referência ao líder dos bárbaros que aterrorizavam o Império Romano no século V.
A escritura que registra a operação imobiliária apontada pelo senador eleito Flávio Bolsonaro como explicação para a movimentação de R$ 96 mil em espécie contém divergências entre as datas de pagamento e os 48 depósitos em sua conta corrente. O parlamentar disse que o dinheiro foi obtido na venda de apartamento.

Entenda: o documento mostra que Flávio recebeu R$ 500 mil no dia 24 de março de 2017 e R$ 50 mil, por cheques, em 23 de agosto daquele ano. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificou que os depósitos foram realizados em junho e julho.

Por que isso é importante: Flávio diz que não há irregularidade nos depósitos fracionados que chamaram a atenção do Coaf. A prática, porém, tem sido considerada pelo Supremo Tribunal Federal como elemento para configurar o crime de lavagem de dinheiro . Apesar de o Ministério Público do Rio ter recebido do Coaf dados bancários de Flávio, não existe investigação judicial instaurada contra o parlamentar.

Checagem: a equipe do Fato ou Fake conferiu as principais declarações de Flávio Bolsonaro sobre o caso envolvendo as movimentações consideradas atípicas pelo Coaf.
Uma onda de crimes contra mulheres se espalhou pelo país no início do ano: 107 casos de feminicídios, ou tentativas, foram registrados nos primeiros 21 dias de 2019. Eles resultaram em 68 mortes. Há episódios em 21 estados.

Em detalhes: mais da metade dos casos ocorreu entre sexta-feira e domingo, o que pode significar, segundo o pesquisador Jefferson Nascimento, da USP, que se trata de casais separados, que têm mais contato no fim de semana por causa dos filhos ou de amigos em comum.

Análise: o número é um alerta porque a morte é o ponto mais alto das agressões. A demógrafa Jackeline Romio lembra que há uma sequência de violações antes, que bastavam para as mulheres terem direito a medidas protetivas: “A demora do Estado gera mais mortes”.
Bolsonaro já foi aconselhado a manter os filhos longe do palácio. A ideia era evitar que as confusões do trio causassem desgaste para o governo
Viu isso?
Prisões no caso Marielle: uma operação do Ministério Público em parceria com a polícia prendeu integrantes do "Escritório do Crime", um grupo de extermínio que, segundo as investigações, organizou e executou o assassinato de Marielle Franco.
Na rota do arsenal do crime: o decreto que ampliou a posse de armas pode aumentar o armamento em poder de bandidos, que em sua maioria tem origem legal. Em 2006, 86% do material bélico encontrado com criminosos havia sido adquirido dentro da lei.
Witzel fura fila: o governador do Rio divulgou que realizou exames na rede pública de saúde, conforme prometido na campanha. Mas recebeu críticas porque não aguardou sua vaga no sistema de regulação.
Caos nas finanças: o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, decretou calamidade financeira por 6 meses. É o sétimo estado a adotar a medida, que permite parcelar dívidas, suspender gastos e receber ajuda federal.
Briga no comércio eletrônico: a Amazon ampliará sua operação no Brasil e passará a oferecer a venda direta de 19 categorias de produtos, seguindo modelo parecido com o que adota nos Estados Unidos.
Portas abertas para a universidade: o Ministério da Educação abre, nesta terça, a décima edição do Sisu, que permite inscrição para 235.476 vagas em 129 instituições públicas de ensino superior.
Turista indesejado: pescadores retiraram do mar, na Praia de Copacabana, um tubarão que se enrolou nas redes de pesca. Banhistas se espantaram com a cena. Assista ao vídeo.
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