O ESSENCIAL: Governo avalia transição de 15 anos para aposentadoria
E mais: Acordo de Paris, filha do Queiroz, carros-fortes, feminicídio, BBB19 e Rock in Rio
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RIO, 15 de janeiro de 2019
O ESSENCIAL DA MANHÃ
Olá, bom dia.
Começamos o dia com novos detalhes sobre a proposta de reforma da Previdência e o anúncio da permanência do Brasil no Acordo de Paris. Também relatamos recorde de assaltos a carros-fortes e o outro emprego da filha de Fabrício Queiroz.
O governo federal estuda apresentar proposta de reforma da Previdência com transição de 15 anos. Ao fim desse período, a idade mínima para aposentadoria seria de 62 anos para homens e 57 para mulheres. O texto deve ser levado ao presidente Jair Bolsonaro ainda esta semana.
Preocupada com a cobrança de investidores estrangeiros, a equipe econômica pretende divulgar linhas gerais da proposta na próxima semana, durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Por que isso é importante: o tempo de transição define quando a idade mínima será de fato aplicada. A proposta de Michel Temer era mais suave: previa 20 anos (mas com idade mínima mais alta, de 65 anos para homens e 62 para mulheres). A equipe econômica desejava regra mais rígida, de dez anos.
Efeitos: técnicos estimam que a transição em 15 anos pode gerar economia de R$ 120 bilhões em relação ao projeto de Temer. Se fosse em apenas dez anos, poderia chegar a R$ 275 bilhões.
Capitalização: a equipe econômica cogita criar um fundo com dinheiro decorrente de privatizações para bancar mudança no regime previdenciário. E estuda permitir que parte do dinheiro do FGTS possa ser transferido para a conta individual do novo modelo.
O governo Jair Bolsonaro decidiu permanecer no Acordo de Paris, o pacto global que propõe metas para redução de gases poluentes. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, há pontos do acordo que “podem trazer recursos para o país”.
Entenda: durante a campanha eleitoral, Bolsonaro disse que poderia seguir os Estados Unidos e deixar o pacto , alegando que ele afetava a soberania nacional. Salles disse que Bolsonaro entendeu a posição de permanecer no acordo.
O que mais: Salles prometeu acelerar a concessão de parques nacionais para a iniciativa privada, revisar normas da legislação ambiental e dar mais autonomia aos estados no licenciamento de obras.
Depois de ser exonerada por Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, a filha do motorista Fabrício Queiroz ganhou outro cargo público, em Araruama
Viu isso?
Agenda amarga: o Itamaraty divulgou a realização de um almoço na segunda-feira do chanceler Ernesto Araújo com os embaixadores da Bolívia e da Itália, envolvidos no caso Cesare Battisti. Mas os dois países desmentiram o encontro.
Alinhando o discurso: o governo de Jair Bolsonaro terá um porta-voz: o general Otávio Santana do Rêgo Barros. Ele chega ao Planalto após desencontros nas declarações do presidente e seus ministros.
Habeas corpus no STJ: o deputado estadual Chiquinho da Mangueira (PSC) obteve decisão favorável e ficará preso em casa. Ele foi um dos dez parlamentares alvos da Operação Furna da Onça, em novembro.
Ousados e mortais: o Brasil registrou recorde de assaltos a carros-fortes no ano passado. Setenta pessoas morreram nos ataques. A Bahia é o estado mais perigoso para a frota.
Vigilância abandonada: apesar de obrigatório por lei, menos de 10% dos veículos da Polícia Militar do Rio têm câmeras de segurança. Sem pagamento, a empresa de manutenção suspendeu o serviço há dois anos.
Refresco em sala de aula: o prefeito do Rio, Marcelo Crivella, prometeu instalar equipamentos de ar-condicionado em 263 escolas municipais em 45 dias. O investimento será de R$ 20 milhões.
Mulheres em risco: em dois anos, o número de processos sobre violência contra a mulher cresceu 51% em 13 estados do país. Para especialistas, faltam políticas públicas para evitar mortes.
Brexit ameaçado: apesar do apelo feito pela primeira-ministra Theresa May, o Parlamento britânico deve rejeitar o acordo para a saída da União Europeia. Entenda o que será votado nesta terça-feira.