O ESSENCIAL: Bolsonaro atua para conter primeira crise do governo
E mais: biografia da ministra, caso Atibaia, padres bolsonaristas e intenções de Witzel
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RIO, 8 DE JANEIRO DE 2019
O essencial da manhã
Olá, bom dia.
Começamos o dia contando os bastidores da intervenção do presidente Jair Bolsonaro para pôr fim ao conflito entre dois de seus principais ministros. Também relatamos o caso da autobiografia da ministra Damares Alves, que teve entrega suspensa após venda. E mostramos quem são os padres que apoiam o novo presidente.
Na segunda semana de governo, o presidente Jair Bolsonaro precisou intervir e aparar arestas na relação entre dois de seus principais ministros. Onyx Lorenzoni (Casa Civil) e Paulo Guedes (Economia) foram convocados para uma reunião com Bolsonaro. Também participaram o vice, Hamilton Mourão, e o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).
Por que isso é importante: é o primeiro conflito interno do governo, que opôs a “ala política”, liderada por Onyx, e a equipe econômica, que tem em Guedes seu líder.
O que está acontecendo: Onyx e Guedes travam disputa por protagonismo. O principal tema da discordância entre eles é a reforma da Previdência. O ministro da Economia quer uma proposta de longo prazo, enquanto o chefe da Casa Civil defende texto que seja mais fácil de aprovar no Congresso.
Efeitos colaterais: como os atritos ficaram evidentes na entrevista de Bolsonaro ao SBT, na sexta-feira, a cúpula do governo avalia ser necessário encontrar com rapidez um porta-voz e organizar a comunicação de forma profissional.
Em sua semana de estreia no governo do Rio, Wilson Witzel caprichou em poses militares e na retórica de guerra. Apesar de mal ter começado a governar, já faz planos de concorrer à Presidência
Viu isso?
Canal promove nome do presidente: a TV estatal NBR exibiu tarja com a marca “Governo Bolsonaro”, que não faz parte da comunicação oficial. Para especialistas, prática contraria a Constituição. Veja imagem.
Publicação suspensa: Damares Alves desistiu da autoria de sua autobiografia “Jesus sobe no pé de goiaba”. O livro chegou a ser posto à venda, mas não foi entregue e teve o nome da ministra retirado da capa.
Caso Atibaia: com o processo perto da conclusão, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu sua absolvição em petição de 1,6 mil páginas e disse que ele nunca foi dono do sítio no interior de São Paulo que recebeu reformas de empreiteiras.
Sem foro privilegiado: quatro inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal para investigar Michel Temer deverão ser encaminhados à primeira instância do Judiciário a partir de 1º de fevereiro. O ex-presidente foi denunciado em três investigações.
Reforço no Ceará: mais 106 agentes da Força Nacional serão enviados para enfrentar onda de ataques criminosos, que se intensificou no interior do estado: 103 casos em 37 cidades já foram registrados.
Frota de ‘quentões’: o calor transforma em tormento as viagens de ônibus no município do Rio, que tem 59% da frota climatizada, mas os equipamentos não funcionam ou não dão vazão em parte dos coletivos.
Maduro resiste à pressão: o presidente da Venezuela indicou que não vai ceder aos opositores e aos governos de 13 integrantes do Grupo de Lima, que lhe pediram para não assumir o novo mandato, na quinta-feira, e prometeu dar “resposta firme, clara e oportuna".