Alvo recorrente de críticas de apoiadores e da base do presidente Jair Bolsonaro, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirma em entrevista ao GLOBO que a crise econômica só terá solução se os poderes Executivo e Legislativo trabalharem juntos: " Quem quer mudar o Brasil tem que compreender que só com alianças consegue aprovar as emendas que podem tirar o país da linha do colapso social". Para ele, o governo ainda não tem uma "agenda ampla" para recolocar o país nos trilhos: "Previdência é uma necessidade. Não resolve educação, médico, crescimento ou desemprego".
A inflação está sob controle e os juros básicos chegaram ao patamar mais baixo da história, mas os empresários não se sentem estimulados a pegar empréstimos. Dados do Banco Central mostram que o total emprestado às empresas pelos bancos é o menor desde outubro de 2018. Só entre março e abril, a queda foi de 1,1%.
Por que não anda: Para economistas, o problema está na falta de confiança no processo de recuperação da economia.
Um exemplo: Julio Dashis, cofundador da rede de moda feminina Enjoy, decidiu adiar o pedido de empréstimo para um projeto de expansão. Ele espera sinais mais claros de que os negócios vão crescer para garantir o retorno dos investimentos. Enquanto isso, não quer saber de crédito.
O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) empregou nove parentes de Ana Cristina Siqueira Valle,ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro , no período em que foi deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj). A maioria deles vive em Resende, no Sul do estado do Rio e todos tiveram o sigilo fiscal e bancário quebrado pela Justiça. O GLOBO constatou que ao menos quatro deles têm dificuldades para comprovar que assessoraram Flávio, incluindo o vendedor aposentado José Procópio Valle e Maria José de Siqueira e Silva, pai e tia de Ana Cristina.
O que diz Flávio: Em nota, o hoje senador disse que os parentes da ex-mulher do presidente foram nomeados porque eram “qualificados para as funções que exerciam” e sempre trabalharam "em prol do mandato".
O que diz a mulher: Em boletim de ocorrência registrado em Santo Amaro, SP, ela afirma que o crime teria ocorrido em 15 de maio, em Paris. Neymar teria pagado sua passagem e o hotel na capital francesa, mas lá teria ficado agressivo e praticado relação sexual contra sua vontade.
O que diz Neymar: O jogador afirma ser vítima de extorsão. "Fui induzido a isso, foi uma armadilha e acabei caindo", disse no vídeo postado na rede social.
Pela primeira vez, em todo o período democrático, temos um governo que é cético a respeito do aquecimento global e acha que o Brasil tem muito ainda a desmatar.
Generais apreensivos: na cabeça dos generais que ajudam a sustentar o governo Bolsonaro - incluindo os da reserva que ocupam cargos - há temor de uma radicalização e a preocupação de que a responsabilidade por erros do presidente recaia sobre as Forças Armadas.
A pesquisa engavetada: conheça o estudo da Fiocruz sobre o consumo de drogas no Brasil que o governo Bolsonaro não quis divulgar.
A economia dos cachos: com cada vez mais pessoas abrindo mão do alisamento e da chapinha, a indústria da beleza amplia os lançamentos de produtos para cabelos cacheados e crespos.
Só um xodó: saiba quem é Jorge Seif Junior, secretário nacional de Aquicultura e Pesca, que se considera o xodó de Bolsonaro, um "amor hétero".
Rejeição às armas: Pesquisa do Ibope revela que 73% dos brasileiros são contrários ao porte de armas. Mulheres (80%) e moradores da Região Sudeste (76%) são os grupos que mais rejeitam a autorização para que se carreguem armamentos nas ruas. Do total da população brasileira, 61% são avessos à flexibilização da posse de armas (tê-las em casa).
Mimos para Bolsonaro: Panela elétrica, liquidificador, baralho, caneta Bic, rede e até a Constituição Espanhola de 1978. Conheça a lista de presentes recebidos pelo presidente desde a posse.