Em meio à crise das queimadas na floresta amazônica, o presidente Jair Bolsonaro recebeu governadores da região da Amazônia Legal e dedicou boa parte do tempo para questionar a demarcação de reservas indígenas. Bolsonaro disse que a proteção das áreas tem intenção de “inviabilizar” o país.
Em discussão: presidente ouviu cobranças de governadores sobre os recursos do Fundo Amazônia, que tiveram verba suspensa por Noruega e Alemanha após atritos com o governo brasileiro. Antes da reunião, Bolsonaro disse que só aceitará a ajuda de US$ 20 milhões do G7 se o presidente francês, Emmanuel Macron, retirar declarações sobre ele .
O que foi dito: Macron voltou a defender uma discussão sobre a internacionalização da governança da Amazônia. O ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) chamou a atitude do francês de “molecagem”. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou mensagem em apoio a Bolsonaro.
O ministro Sergio Moro (Justiça) fez elogios públicos ao diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, que foi alvo do presidente Jair Bolsonaro na semana passada. Outro tema de atrito entre Moro e Bolsonaro também foi assunto para o ministro: ele admitiu reveses no combate à corrupção.
Por que isso importa: Moro ainda não havia se pronunciado sobre as críticas de Bolsonaro ao comando da PF. A relação entre o ministro e o presidente enfrenta desgaste após seguidas intervenções de Bolsonaro em assuntos subordinados ao Ministério da Justiça.
Em paralelo: o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sugeriu que gostaria de ter Moro em seu governo.
O relator da Reforma da Previdência no Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), propôs mudanças nas regras já aprovadas pela Câmara dos Deputados sobre pensão por morte e Benefício de Prestação Continuada (BPC). Ele também incluiu estados e municípios no texto que tramitará na Casa. Além disso, sugeriu estabelecer uma cobrança previdenciária obrigatória para entidades filantrópicas e extinguir a isenção previdenciária para exportações.
Entenda: as medidas farão parte de uma proposta de emenda constitucional que tramitará em paralelo ao texto que passou pela Câmara. As sugestões de Tasso têm potencial de receita de R$ 155 bilhões em dez anos, segundo o senador, o que elevaria a economia com a reforma para acima de R$ 1 trilhão.
Viu isso?
#DesculpeBrigitte: brasileiros se mobilizaram nas redes sociais para pedir desculpas à primeira-dama francesa, Brigitte Macron, por comentário de Jair Bolsonaro. Ela ficou emocionada com o movimento.
Pacote anticrime: o grupo de trabalho da Câmara aprovou 19 itens da proposta, incluindo o que cria a figura do “juiz sem rosto”.
Déficit de peritos: há 25 mil laudos periciais aguardando conclusão no Rio, segundo levantamento.
Trincado: o vazamento de óleo em embarcação a serviço da Petrobras na Bacia de Campos já é seis vezes maior do que o informado inicialmente.
Filme eleito: em disputa acirrada com ‘Bacurau’, ‘A vida invisível de Eurídice Gusmão’ foi escolhido para representar o Brasil no Oscar.
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