O ESSENCIAL: Novo Coaf abre porta para a interferência política

E mais: Lava-Jato, financiamento imobiliário, queimadas na Amazônia, e novo 'Matrix'
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RIO, 21 de agosto de 2019
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A Medida Provisória que transferiu o Coaf — rebatizado de Unidade de Inteligência Financeira (UIF) — para o Banco Central permite que o conselho seja composto por pessoas de fora da administração pública. A mudança gerou preocupação em representantes de servidores públicos que atuam no órgão e especialistas em contas públicas. Eles alertam para risco à independência da UIF. O presidente Jair Bolsonaro e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmam que não haverá ingerência política.

Entenda: uma das preocupações é que pessoas do mercado financeiro ingressem no conselho, tenham acesso a dados sigilosos e, depois, deixem o serviço público — o que é chamado de “porta giratória” no jargão econômico.

Efeitos colaterais: eventuais indicações externas também podem levar à suspensão do Brasil de grupo internacional contra a lavagem de dinheiro.

Em paralelo: a troca na subsecretaria-geral não abrandou a crise interna na Receita Federal. Outros subsecretários devem ser exonerados nos próximos dias.
 
Em ação coordenada pelo governo, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil anunciaram novas modalidades de financiamento imobiliário. A linha da Caixa será corrigida pelo IPCA, o índice oficial que mede a inflação, e terá juros mais baixos do que os ofertados pelo mercado. O modelo do Banco do Brasil atrela juros mais baixos a prazos menores de financiamento.

Efeitos: após o anúncio da Caixa, os quatro maiores bancos do país informaram que analisam adotar financiamento semelhante, baseado no IPCA.

Entenda: a nova modalidade da Caixa pode ser mais vantajosa para quem der entradas maiores. Servidores públicos que recebem pelo banco terão os menores juros. Veja vantagens e desvantagens.
Parte dos eleitores de Bolsonaro vai ficar revoltada quando entender que ele está boicotando a Lava-Jato
Viu isso?
Lava-Jato: a polícia saiu às ruas nesta quarta-feira para prender duas pessoas, entre elas um ex-cunhado de Marcelo Odebrecht que era diretor da empreiteira. O foco da operação é a atuação de dois ex-ministros.
Barrada: a Câmara dos Deputados rejeitou a medida provisória que autorizava repasse de R$ 3,5 bilhões à Eletrobras.
Sentença: a Justiça Eleitoral condenou o ex-prefeito do São Paulo Fernando Haddad por crime de caixa dois em 2012. Cabe recurso.
Sob fogo: o aumento do número de queimadas na Amazônia preocupa estados brasileiros. O Amazonas criou gabinete de crise, e o Acre estuda decretar situação de calamidade.
Em expansão: mais sete estados registraram casos de sarampo, segundo o Ministério da Saúde. O governo ampliou a vacinação para crianças.
Copa Libertadores: Flamengo enfrenta o Internacional, às 21h30m, no Maracanã, sem o atacante Gabigol. Ontem, o Palmeiras venceu o Grêmio.
Anúncio: o Fluminense acertou a volta do técnico Oswaldo de Oliveira. Será sua terceira passagem pelo clube.
Paulo César Leal
Pai de jovem de 23 anos que foi feita refém em ônibus na Ponte Rio-Niterói comenta atitude de amparar Renata Paula da Silva, mãe do sequestrador Willian Augusto da Silva, morto por um sniper.
Podcast do GLOBO debate protocolos de atuação para policiais em casos semelhantes ao sequestro do ônibus na Ponte Rio-Niterói
Atriz Carrie-Ann Moss e diretora Lana Wachowski também estão confirmadas no quarto filme da franquia, 15 anos depois da conclusão da trilogia cyberpunk
Ambientado em comunidade indígena dos anos 1960, ‘Pássaros de verão’ é dirigido por Ciro Guerra, de ‘O abraço da serpente’
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