O ESSENCIAL: Governo cria gabinete de crise e deve enviar o Exército à Amazônia

E mais: Sergio Moro, Avenida Niemeyer, aeroporto Santos Dummont e Fluminense
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RIO, 23 de agosto de 2019
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Diante da repercussão internacional, governo realizou uma reunião de emergência para discutir medidas contra as queimadas na Amazônia e avalia usar o Exército no combate ao fogo. Ontem à noite, o presidente Jair Bolsonaro determinou adoção de “medidas necessárias” para preservar a floresta. Novas medidas devem ser anunciadas hoje.

Integrantes do governo e empresários do agronegócio temem que os incêndios motivem imposição de barreiras comerciais a produtos brasileiros. Institutos que monitoram a Amazônia mostram que o aumento das queimadas está diretamente relacionado ao desmatamento.

O que foi dito: nas redes sociais, Bolsonaro chamou de sensacionalista a declaração do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a Amazônia e disse que a intenção de discutir a situação com os países do G7 “evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI”. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) divulgou vídeo que chama Macron de “idiota”. Outras autoridades internacionais criticaram as queimadas.

Memória: em 1998, queimadas deflagraram pressão internacional e levaram o governo a agir para combater incêndios.
 
A série de atritos com o presidente Jair Bolsonaro não fará o ministro Sergio Moro (Justiça) tomar a iniciativa de deixar o governo. Integrante mais popular da Esplanada dos Ministérios, ele pretende deixar o desgaste de uma eventual saída para Bolsonaro , que teria que explicar os motivos da decisão. A estratégia é permanecer calado diante das derrotas e desautorizações públicas.

O que está acontecendo: Bolsonaro ampliou a distância para Moro ao dizer que poderia trocar o diretor-geral da Polícia Federal. Cargos do primeiro escalão do governo têm sido substituídos com frequência. Desde janeiro, foram 34 exonerados entre ministros, presidentes e diretores de órgãos federais — a maior parte após atritos públicos.
Para o bem e para o mal, o Brasil é grande no meio ambiente. Essa é a plataforma que lança o país como potência ou que destrói sua reputação
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Voos transferidos: a pista principal do aeroporto Santos Dummont fechará amanhã para obras. A interdição deve durar até 21 de setembro.
Via interditada: novo laudo de peritos judiciais indica que a Avenida Niemeyer ainda oferece riscos, ao contrário do que diz a prefeitura do Rio.
Rastros: o sequestrador do ônibus da Ponte Rio-Niterói pesquisou o ataque a tiros em escola de Suzano dois dias antes de executar o crime.
Transamazônica: a Justiça Federal condenou a União e a Funai a pagarem R$ 10 milhões a povos indígenas pela construção da rodovia.
Inquérito: cinco filhos da deputada Flordelis comprometeram a mãe na investigação sobre a morte do pastor Anderson do Carmo. Eles falaram em envenenamento, plano de morte e sumiço de provas.
Venda de vagas: órgão do governo de Portugal denunciou a existência de um mercado ilegal para agendar serviços de imigração para brasileiros.
Controle de voz: depois do Facebook, a Microsoft admitiu que ouvia áudios captados pelos consoles Xbox One.
Ficou para o Maracanã: Corinthians e Fluminense empataram, em 0 a 0, no primeiro jogo das quartas de final da Copa Sul-Americana.
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