O Brasil vive o ciclo mais longo de aumento da desigualdade de sua história, revela estudo do economista Marcelo Neri, do FGV Social. São 17 trimestres seguidos de alta na concentração de renda, período mais longo do que o pico registrado em 1989, época de inflação galopante.
Em detalhes: entre 2014 e 2019, a renda da metade mais pobre da população caiu 17,1%. Enquanto isso, o grupo do 1% mais rico avançou 10,1%. Os jovens foram os que mais perderam renda.
O que está acontecendo: o desemprego, que atinge 12 milhões de pessoas, é a principal causa do aumento da desigualdade, afirma Neri. Dados mostram que a pobreza também está avançando e, em 2017, atingia 23,3 milhões de brasileiros.
Aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto que pune o abuso de autoridade divide a equipe do presidente Jair Bolsonaro. Pressionado por parlamentares de um lado e, do outro, por integrantes de sua base aliada, do Judiciário e do Ministério Público, Bolsonaro disse que consultará ministros antes de tomar uma decisão sobre vetar ou não trechos do texto. Alguns interlocutores defendem até o veto total à proposta.
Enquanto Jair Bolsonaro e o petismo dependem do fracasso um do outro, o centro político depende da união das forças não extremistas para enfrentar a polarização em 2022