Bastidores: auxiliares da Presidência avaliam que Moro tem servido mais como “estratégia de propaganda e marketing” do que como aliado. Mas descartam criar tensão pública com o ministro.
O Supremo Tribunal Federal rejeitou um pedido do PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para derrubar artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A sigla pediu carta branca para a apreensão de menores que andam nas ruas para “averiguação”. Por unanimidade, a Corte afirmou que a Constituição garante direitos fundamentais das crianças, incluindo a liberdade.
O que isso significa: apesar de a ação ter sido apresentada em 2005, quando Bolsonaro não integrava o partido, a decisão é uma derrota do Palácio do Planalto, interpretada como recado do Supremo contra a política criminal para a juventude pretendida pelo governo.
Até onde o presidente quer chegar com as provocações quase diárias? Enfraquecer as instituições democráticas é um objetivo de todo governo autoritário
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Vocalizando: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), fez novas críticas a Jair Bolsonaro: “É produto dos nossos erros”.
Progressão: em 45 dias, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderá pedir mudança para o regime semiaberto. Porém, terá de pagar R$ 4,1 milhões.
Planos: o ministro Paulo Guedes (Economia) quer transferir o Coaf para o Banco Central e garantir autonomia da instituição.
LDO: o Congresso votará Lei de Diretrizes Orçamentária que prevê, para 2020, o valor do salário mínimo acima de R$ 1 mil pela primeira vez.
Choque: a queda de parte da estrutura de um viaduto da Avenida Brasil, no Rio, matou duas pessoas na noite de ontem.
Concessão: assim como o Jardim de Alah, a prefeitura do Rio quer passar à iniciativa privada a administração do Parque Garota de Ipanema.
Sem provas: a pedido do Ministério Público, a Justiça arquivou a denúncia de estupro e agressão contra o jogador Neymar.
Acordos: seis meses após a morte de dez jogadores da base, o Flamengo fechou três indenizações e tenta se reaproximar de outras famílias para evitar ações na Justiça.
Em entrevista exclusiva à Revista Época, coordenador da força-tarefa da operação em Curitiba nega ter investigado ministros do STF e admite ter discutido criação de empresa administrada por sua mulher para gerir suas palestras