O governo do Rio prepara uma cartilha para orientar moradores de favelas sobre como agir durante operações policiais, inspirada em protocolos da Segunda Guerra. Depois do lançamento, previsto para este ano, o governador Wilson Witzel promete “intensificar o confronto com criminosos”. A medida foi discutida antes da morte da menina Ágatha Félix, de 8 anos, no Complexo do Alemão. Na noite de ontem, manifestantes protestaram no Centro do Rio contra a violência.
O presidente Jair Bolsonaro abre hoje a 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, um dia depois de o país ter ficado de fora da Cúpula do Clima — o ministro Ricardo Salles (Meio Ambiente) teve participação discreta e deixou o evento antes do fim. Para o discurso de hoje, previsto para às 9h, Bolsonaro prometeu mostrar “a realidade” sobre a Amazônia.
Aconteceu ontem: no dia em que chegou aos EUA, Bolsonaro foi a pizzaria com a primeira-dama Michelle Bolsonaro e não teve encontros com outros chefes de governo ou de Estado.
Representante brasileira: sem falas de autoridades do país, coube à estudante de Direito Paloma Costa discursar na cúpula da ONU. Ela foi convidada pelo secretário-geral António Guterres. Ao GLOBO, Paloma disse que ficou desapontada com o comprometimento dos países.
A obsessão com uma conspiração internacional contra a soberania brasileira na Amazônia diz mais sobre o deserto de ideias do governo do que a respeito dos objetivos de países, ONGs e empresas na região
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Excludente de ilicitude: a proposta do pacote anticrime que flexibiliza punição a agentes de segurança deve ser derrubada na Câmara hoje.
Planos para o Fisco: o ministro Paulo Guedes disse que quer alterar o rumo de atuação da Receita Federal para evitar “excessos” e “tumultos”.
Inquérito: a PF obteve provas de que o hacker Walter Delgatti tentou se passar por Paulo Guedes e pela deputada Joice Hasselmann. Ao menos 84 autoridades foram alvos de tentativa de invasão: veja a lista.
Pressão sobre Maduro: com apoio do Brasil, países da América ativaram tratado de defesa que declarou o regime venezuelano “ameaça à segurança e estabilidade” da região.
Política da bala: um senador do Haiti atirou contra manifestantes e acertou duas pessoas do lado de fora do Parlamento do país.