Pela primeira vez, o governo de Jair Bolsonaro admitiu a possibilidade de alterar o decreto que ampliou o porte de armas no país. Alguns pontos estão sendo analisados, segundo o porta-voz Otávio do Rêgo Barros — o único citado foi a permissão para compra de fuzis por qualquer cidadão.
Em detalhes: a sinalização de recuo ocorreu após a divulgação de que as novas regras permitem acesso ao fuzil T4, da Taurus. Em 2017, Bolsonaro gravou vídeo com a arma. A empresa afirmou que duas mil pessoas estão na fila de espera pelo armamento.
Fique atento: vence hoje o prazo dado pela ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, para que Bolsonaro dê explicações sobre o decreto. O governo deve pedir mais tempo.
Depois de se espalharem pela Zona Oeste do Rio, milicianos avançam pelo controle de áreas na Zona Norte. Grupo de paramilitares “criaram” um bairro entre Irajá e Vista Alegre. No Bairro do Sacil, local que não está no mapa da cidade, moradores têm de pagar ao menos R$ 20 por mês. A milícia marca território colando selo de “contribuinte” nas casas.
Enquanto isso: na Praça Seca, Vila Valqueire e Campinho, paramilitares cobram taxa de R$ 50 por apartamento e, em caso de “inadimplência”, ameaçam os síndicos.
O fato é simples: o presidente Bolsonaro não sabe governar. É essa a razão da sua performance tão errática nestes quase cinco meses. E convocar uma manifestação a favor de si mesmo lembra o chavismo
Dividir para reaver: a Caixa Econômica Federal prepara renegociação de dívidas, com descontos de até 90%, para tentar recuperar R$ 4 bilhões.
Fôlego extra: por iniciativa de Goiás, estados negociam com o governo acesso a 30% dos fundos constitucionais, hoje destinados ao setor produtivo — valor pode chegar a R$ 9,5 bilhões.
Em entrevista, diz que uso das redes sociais pode desvirtuar potencial democrático e fermentar patrimonialismo. Seu novo livro, “Sobre o autoritarismo brasileiro”, chega às livrarias na sexta-feira