O Senado deve aprovar hoje a reforma da Previdência em segundo turno, após oito meses de tramitação no Congresso. São necessários votos de 49 senadores. Parlamentares da base do governo esperam que o texto principal e os destaques sejam votados pelo plenário no mesmo dia. Antes, pela manhã, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) votará as alterações feitas pelo plenário em primeiro turno.
Em detalhes: o governo escalou técnicos da equipe econômica para acompanhar a votação e evitar mudanças que desidratem o texto aprovado em primeiro turno. Caso seja mantida a redação, as medidas devem resultar em economia estimada em R$ 800 bilhões em dez anos.
O que foi dito: mesmo ameaçada pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, de responder a um processo no Conselho de Ética do partido, a senadora Kátia Abreu (TO) afirmou que manterá voto a favor da reforma.
A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) vota hoje a possibilidade de soltura de cinco deputados que estão presos há quase um ano: André Corrêa (DEM), Luiz Martins (PDT), Marcos Vinicius Neskau (PTB), Chiquinho da Mangueira (PSC) e Marcos Abrahão (Avante). Eles são investigados por corrupção na Operação Furna da Onça. São necessários 36 votos — nos bastidores, calcula-se que haverá entre 39 e 43 votos pela libertação.
Aconteceu ontem: a Comissão de Constituição e Justiça da Alerj aprovou, por cinco votos a dois, parecer favorável aos presos. O documento estabelece que eles não deverão assumir seus mandatos e terão que abrir mão dos salários e dos gabinetes. No entanto, o presidente da Alerj, André Ceciliano (PT), reconhece que os parlamentares poderão recorrer à Justiça para tentar assumir os cargos.
O que está acontecendo: a Alerj analisa o caso porque o Supremo Tribunal Federal decidiu que cabe à Casa definir sobre a situação de três dos cinco deputados presos. Ontem, a CCJ decidiu estender o benefício aos outros dois.
No rastro da inépcia, a Justiça mandou o governo federal tomar providências contra o óleo no litoral do Nordeste. O ministro Ricardo Salles, agora, tem ordem judicial para trabalhar